Minhas leituras da faculdade estão me deixando louca. Nunca tive entendimento algum sobre esse meu "sexto sentido" que tornava transparente a mentira das pessoas e me fazia ir, obstinada, atrás das respostas verdadeiras pras minhas perguntas. Daí comecei a faculdade e o que mais estudamos por lá é a maneira como somos
É verdade que às vezes os outros nos manipulam por uma boa razão, tipo manter as pessoas afastadas de brigas e miséria. Um bom exemplo disso é quando o pastor da igreja diz pros "crentes" que fazer "tal coisa" é pecado e Deus não vai gostar; outra variação disso é quando dizem que "você vai arder no mármore do inferno". Não é tão difícil de entender isso se a sua vida for uma bagunça tipo a minha: "Deus não gosta" que você encha a cara, fume, use drogas, ande com gente errada pelo simples fato de que você merece ser feliz e estar cercado de coisas boas e energias positivas. Não quer dizer que eu acredite em Deus, eu acredito mesmo é na força que a inteligência pode ter sobre uma massa que são os bons cristãos, os eleitores e o mundo inteiro, afinal, sempre vai haver uma galera dominada, para o bem ou não.
Ter consciência disso tudo e ver acontecendo é um peso enorme. A longo prazo talvez dê algum tipo de paranoia porque acreditar em boas intenções está fora de questão. Se antes eu já via a maldade em tudo e todos, só consegui piorar nesse sentido. Pensando por esse lado me sinto uma idiota por ter chamado tantos pensadores e artistas de malucos; esse final de semana mesmo fui à exposição da Yayoi Kusama e ao sair da sala de vídeo comentei: "mas que troço bizarro, que mulher maluca". Não é que ela ou outros sejam malucos... é uma visão de mundo que poucos somos capazes de ter, e quando temos, não aguentamos. A cabeça entra em colapso.
O melhor é viver sem enxergar, sem saber, sem desmascarar. Continuem assistindo televisão sem questionar, votando errado... não pensem, não procurem. Isso dói. A maioria das pessoas felizes e esperançosas são ignorantes e acreditam no impossível. Continuem acreditando. É uma forma de não viver no vazio.
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