A vontade é de chegar em casa e arrumar as malas de volta pra lá. Mais ainda, queria mesmo é voltar no tempo e rasgar os meus últimos anos porque eu adoraria tê-los passado na companhia dele do mesmo jeito ou até melhor do que nos últimos dias. Todas as coisas que deixei pendentes aqui (lê-se rolinhos) perderam completamente a graça e o sentido quando me dei conta de que deixei um pedaço enorme de mim naquela cidadezinha fria e sem nada pra fazer. Meu coração ficou em São Carlos preso naqueles abraços apertados que recebi antes de ir embora. Como é que eu vou ter sossego e paz com os pensamentos tão distantes do corpo? Em quatro dias confesso que nem tudo foi como o esperado, mas fiquei tão feliz por estar lá que não fiz muita questão de que fosse do jeito que a minha cabeça havia idealizado e isso foi uma ótima desculpa pra eu planejar quando volto pra vê-lo.
Infelizmente o Rio de Janeiro é fora de questão, uma pena, já que seria tão legal voltar naquela praia de Copacabana e lembrar da primeira vez que a gente se viu. O importante é que eu finalmente criei coragem (e arrumei dinheiro) pra saber o que eu sentia de verdade sobre aquela história que começou no finado Orkut, passou pela orla de Copacabana com cafuné na cabeça e também por namoros
Sabe o que vou fazer agora? Engolir todas as besteiras que falei sobre São Paulo porque lá é maravilhoso, pelo menos o interiorrr. As casas são bonitas e confortáveis, o sotaque é gostoso e a rua é limpa. Cada uma das oito horas de viagem com céu lindo valeram muito a pena! O frio que faz lá é bem verdade e eu teria ficado bem irritada se não tivesse passado a maior parte do tempo quentinha nas cobertas dele ou quentinha no carro com as janelas fechadas. A volta pra casa também foi linda e incrível, já que pela primeira vez fiz um vôo de avião e passei a viagem inteira na janela encantada com a beleza das estrelas que não são vistas aqui de baixo. O céu por cima das nuvens é tão lindo que parece uma fotografia da NASA.
O problema agora são as borboletas no estômago (as quais estou tentando matar de diabetes com tanto doce que comi hoje), as saudades, as lembranças que com certeza vão virar posts isolados... queria ter olhos no futuro pra saber o que vai acontecer, por exemplo, no final do ano. Espero muito, muito mesmo que eu esteja a caminho da roça (literalmente) assim que passar o Natal pra fazer com ele todas as coisas que eu gostaria de ter feito; e a parte boa de passar tanto tempo longe é que se houver uma próxima vez, o tempo vai fazer com que tudo saia melhor, principalmente a minha paciência, que falhou legal por besteira.
Enfim, estar em casa hoje é a coisa mais chata do mundo. Não tem ninguém me oferecendo comida o tempo todo, enchendo o copo pra mim, me impressionando quando come mostarda, colocando filme só pra pegar no sono em cinco minutos, esquentando a cama pra eu não aguentar passar a noite inteira enrolada nas cobertas... porra, que saudade. Saudade de acordar aquele dia e ficar na cama conversando até pegar no sono de novo, saudade de ficar trocando abraços, apertos, mordidinhas, cócegas, saudade dos cuidados dele e mais saudade ainda de olhar por cima dos óculos enquanto ele ficava no notebook jogando LOL e me perguntando se eu estava bem. É claro que eu estava bem, não podia ter estado melhor ♥
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