fevereiro 22, 2013

Minha vida é uma zona: cheia de desencontros, desamores, incertezas.  De todas as coisas que poderiam dar errado, só aquela "merda de faculdade" anda me salvando... até os trabalhos que deveriam ser um porre se tornam divertidos pela quantidade de conhecimento espalhado pelo caminho.  O medo de dar errado passou e as ideias tão inesperadas começaram a surgir.  Trabalhar com comunicação (e vários outros tipos de sociais aplicadas e humanas) é ter a chance de saber um monte de coisas que todo mundo gostaria de saber, é poder, na maioria das vezes levar essas informações adiante.  Hoje eu mais do que entendo o motivo de tanta gente nunca parar de reclamar dos salários, do mercado, dos plantões abusivos e ainda assim continuar seguindo o mesmo rumo... não tem como não amar.  Não tem como não se sentir completo, apaixonado, em transição.

E é isso... a vida em si não anda muito legal, sabe?  Mesmo que eu tenha com quem conversar, escrever aqui e não ouvir as respostas que infelizmente já decorei é muito bom!  Às vezes eu só venho pra falar e falar...

Ando muito pensativa.  E não importa o quanto as pessoas digam que "eu deveria esquecer", não sou o tipo de pessoa que sai simplesmente esquecendo.  Eu fico aqui pensando em todas as coisas que já me foram ditas e tentando encontrar um lugar pra encaixar tudo, uma solução pro insolúvel.  Falando assim fica bem complexo e feio, mas de onde eu começaria a contar a mesma história pela milésima vez?

Não me preocupei em esconder de ninguém, estou em pedaços.  De verdade, em pedaços.  Acordo sem querer sair da cama e o único momento em que consigo sair disso é quando vou assistir minhas aulas e, ainda assim, minha cara de enterro denuncia todas as coisas erradas se passando comigo.  Apesar de ter com quem conversar, metade disso provavelmente nem aqui no blog vai sair direito.  Eu só queria entender, no meio dessa bagunça toda, o que eu posso ter feito de tão errado pra merecer. Como é que alguém pode tirar tudo que tem do peito, de bom e de ruim, oferecer a uma pessoa e isso ainda ser nada.

A merda da faculdade.

A merda da faculdade é que tá me salvando ultimamente.  Não são as pessoas que disseram que estariam sempre por perto, muito menos ninguém que gasta saliva dizendo que gosta de mim... é a merda da faculdade.  São as pessoas sebosas porém engraçadas, são as pessoas legais e carinhosas também, que quando a gente chega na sala com cara de bunda nos fazem companhia e arrancam risos da gente, seja falando mal dos outros ou do pinto pequeno do BBB de ontem. A faculdade de merda, que eu estudei tanto pra entrar é o que vem salvando essa minha vida, também de merda.

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