fevereiro 27, 2013

Deixa estar!

Meu dia no fundo foi um cu e eu continuo de péssimo humor. Como não tenho o que fazer na internet e pra minha felicidade os trabalhos pesados já foram apresentados, posso gastar meu tempo livre (que é demais) escrevendo baboseiras aqui!

Foi um caos conseguir chegar à faculdade hoje e por um breve momento eu pensei que quando eu estiver formada, bem que poderia sair do Rio e começar carreira em algum lugar que se precise de Relações Públicas e não tenha enchentes e tanto fluxo de carros. Sem brincadeira, fiquei muito assustada no ônibus quando vi as pessoas com água na cintura em um trecho de Piedade, aqui no subúrbio mesmo. Como se já não bastasse, meu amigo que mora em Ipanema que é bairro bom também se deu mal pra chegar e perdemos a nossa parte da apresentação do trabalho, legal. Passei a viagem toda, até chegar na faculdade com a maior cara de ódio e revolta, enquanto conheci alguém novo (no ônibus mesmo) e enfrentei a lotação absurda que o ônibus se tornou após fecharem a Central do Brasil e algumas estações de metrô, que beleza!

Por fim a apresentação deu certo mesmo com dois a menos, e pra constar o meu nível de azar do dia, desci pra comprar um sanduíche no Subway e quando fui atravessar a rua caiu o temporal de novo! Sujei o pé de novo, sujei tudo, fiquei um nojo. Já não bastasse a forma que eu ando me sentindo por dentro...

Apresentei mais um trabalho que, apesar de o professor não comentar, eu fui uma merda, me enrolei e tudo mais e no final voltei pra casa pensando na vida... as pessoas que conheço fazem uma questão tão grande de encontrar alguém que se pareça exatamente com elas. Qual é a importância disso? Será que é o amor próprio de que tanto se fala? Você procurar alguém pra se apaixonar que seja exatamente igual a você, isso se chama amor próprio, amar alguém em quem você se veja? Sinceramente, não sei. Posso arriscar dizer que também não estou interessada em saber. Sempre fui de gostar de viver com diferenças, mesmo que isso signifique conflitos e dar o braço a torcer mesmo não querendo. Fiquei pensando nisso mais pelo fato de desde que comecei a faculdade, acabei esbarrando em gente muito parecida comigo em coisas inimagináveis; sabe aquele hábito que você tem, ou coisa que você gosta e esconde de quase todo mundo por ser muito fora do mundo real? Algo tão particular que seja até vergonhoso, talvez. Uma vez ou outra acabei esbarrando em pessoas assim e me perguntando sobre como não me é muito interessante me ver em outras pessoas. Se eu fosse contabilizar, apenas uma seria a exceção da regra. Talvez eu não seja uma pessoa tão legal assim a ponto de querer conhecer outros como eu.

Outra coisa que vim pensando no caminho foi sobre a viagem que eu andei planejando e com esse clima todo de descansar e passear na cidade dela, acabei lembrando da Luísa... não de quem ela é hoje, mas do que ela foi pra mim, de como eu me sentia sobre ela e de como fiquei me sentindo depois, a pior parte. Foram dois anos infernais de uma dor terrível pelos assuntos inacabados, pelas mentiras e por outros assuntos que não gosto nem de lembrar, muito menos escrever aqui. Acabei por me dar conta que ao contrário do que já ouvi, não é que eu tenha tido uma coisa muito forte ou intensa com ela, não desmerecendo, é claro. Aprendi muito com a Luísa e tive ótimos momentos, ótimas descobertas com ela. Luísa foi quem me tirou da infância e me jogou na vida, assim sem eu pedir mesmo, foi muito bom (e doloroso por incontáveis vezes) pra mim.  O que eu quero dizer é que nunca mais vou ser a mesma depois de cada um que passa na minha vida e ao invés de deixar uma marca positiva, deixa um estrago (espero que ela não leia isso, sério). Nunca mais me senti da forma que eu sentia na época da Luísa porque tudo o que aconteceu me deixou com medo demais, do mundo e das pessoas pra que eu pudesse ter aquele brilho nos olhos de novo. Aquela garota que saía pulando de alegria e esperança pela rua foi se esvaindo aos poucos, e continua... está se tornando adulta. Mais uma insatisfeita segurando as pontas no meio de uma multidão que vive na mesma situação. Assim começou a história de como fui fazendo besteira, me prejudicando, não tendo visão alguma sobre nada, conhecendo gente errada, me decepcionando e endurecendo... cada vez que dei um pouco de mim e me dei mal, ou não tive retorno, o coração, o sorriso, tudo deu uma endurecida. Não é proposital. O tipo de pessoa que sou hoje não condiz nem um pouco com o tipo de pessoa que eu gostaria de ser; por mim eu conheceria muita gente, me abriria pra bater papo, ter mais oportunidades, fazer mais amizades, só que eu simplesmente não consigo. Simplesmente não me é possível fingir que está tudo bem e que o mundo por aí não tá cheio de traíra e gente safada. Que bom que as outras pessoas são profissionais em se iludir. Eu aqui, estou deixando de ser, não por escolha própria.

Agora sim, vou trocar de roupa, beber uma coisa fresquinha... já falei demais por hoje. Obrigada por me aturar, você que passou por aqui hoje :)

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