Parece muito com a época dos meus 15/16 anos, mas depois de tanto me dar mal em relacionamentos, acho que todo começo merece um ritual (?), assim como todo final.
Se eu queria tanto um assunto forte pra mexer com o meu final de ano, talvez eu tenha finalmente encontrado um assunto e um motivo pra torcer muito para 2011 acabar de uma vez. Não vou culpar ninguém além de mim que fui tão persistente a ponto de insistir numa pessoa que nunca quis ao menos falar comigo, que me olhava apenas pelo que eu aparento ser sem lembrar que até as pessoas mais sorridentes e fúteis têm, no fundo (às vezes bem fundo até), sentimentos. Foram dois curtos meses de planos que talvez ele quisesse ter a chance de seguir com outra pessoa... e sabe de uma coisa? Eu não nasci pra ser estepe. Eu não nasci pra estar aqui enquanto ele quer estar com outra, num outro lugar, fazendo outra coisa. Eu não quero, nunca quis, uma pessoa do meu lado pensando em outra. Ninguém tem ideia do quanto dói? Será que é tão difícil assim gostar de mim ou de uma única pessoa? Eu só queria que um dia ele gostasse de mim do jeito que ele sempre gostou dela, queria que ele visse em mim as coisas bonitas que ele sempre disse ver nela, queria que um dia qualquer ele fosse sincero comigo sobre seus sentimentos.
Me arrependo tanto de ter aberto mão dos meus "casinhos" e hoje não ter um colo pra chorar, uma pessoa qualquer que me faça esquecer a dor horrível de lembrar que em todos os dias de incerteza, ele provavelmente se desfazia em declarações pra uma garota que mora na puta que pariu! E a porra dos meus sentimentos? Eu sorria com a maior cara de idiota lendo mensagens minhas no celular dele até encontrar aquele nome que me dá raiva até de dizer, porque ele quer ela e não a mim! E a porra dos meus sentimentos? Achar que a pessoa nunca vai saber é amor? Isso é cuidar do outro? Pro caralho, eu aprendi isso da pior maneira possível e agora só tomo no cu porque as outras pessoas não sabem e insistem na máxima que "o que os olhos não vêem o coração não sente". O meu coração sente, caralho! E sente muito, desde a primeira vez em que tentaram cuidar de mim desse jeito tão esquisito. Se todo mundo soubesse como isso dói, como mentirinhas e omissões doem (porque é fato, um dia a pessoa descobre nem que seja na macumba), certas coisas não aconteceriam. Eu não estaria aqui dando com a testa na parede hoje. Tive pelo menos meus cinco minutos diários de tristeza pela incerteza de ele gostar de outra ou não... e agora? Nem chorar eu consigo. Já perdi a conta de quantas vezes eu tive que deixar pessoas incríveis no caminho pelo egoísmo de não querer me sentir tão pequena como eu me sinto agora.
Desde que abri os olhos e descobri as coisas legais da vida, a minha maior vontade é ter alguém por perto que ouça qualquer merda que eu vá dizer, alguém em quem eu possa confiar cegamente, alguém que me faça perder os medos sem que eu perceba. Por quê essa pessoa nunca aparece? Por quê ela nunca é por inteiro? Será que aquela pessoa descontrolada, deprimida e capaz de sorrir tipo eu se perdeu numa confusão qualquer de sons, passos e poeira? Será que mataram a pessoa que vai saber me enxergar do jeito que eu sou sem que eu precise insistir tanto? Fazer um monte de perguntas quase retóricas não vai resolver, então deixa eu terminar o questionário por aqui.
Não importa quantas pessoas passarem por mim daqui em diante, dois anos não foram tempo suficiente de solidão, não aprendi tudo o que deveria apesar de em meio à todas as aventuras (ou não) eu tenha aprendido a maior lição de todas: lutar por quem eu quero de verdade. Muita gente não sabe fazer isso. Muita gente magoa os outros por não saber fazer isso. Eu aprendi, talvez. Na medida errada, mas aprendi.
Agora é hora de chorar, sofrer, me deprimir muito, colar os cacos e torcer pra não continuar perdendo pedaços.
Um beijo pra quem não dá sorte com porra nenhuma :*
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