O ano de 2013 foi
marcado pelas ações criativas de empresas em redes sociais, dando abertura a
uma nova forma de relacionamento entre as organizações e seus públicos. Há uma
maior facilidade de entrar em contato se compararmos com o passado, quando era preciso aguardar muito tempo no
telefone ou esperar uma resposta via correio. Pode-se encontrar todo tipo de
empresa nas redes sociais: hotelaria, alimentação, cosméticos, cinemas, etc. É
útil para o desenvolvimento das empresas e para manter os clientes fiéis,
próximos e atentos sobre as atividades desenvolvidas, incluindo promoções e
afins. Os bancos obviamente não ficariam de fora.
Uma das ações mais notáveis do ano passado foi a batalha
de rimas via Twitter entre os bancos Itaú e Santander para conquistar um
internauta e ganhar mais um novo cliente. Quem viu, se divertiu. A resposta bem
humorada por parte dos bancos foi inovadora, principalmente considerando a
imagem estressante que a maioria das pessoas tem de uma agência bancária,
principalmente no começo do mês em que as filas tomam conta de todos os bancos.
O toque sofista das mensagens fofas enviadas pelos bancos
nas redes sociais está fora do mundo virtual. Há algum tempo era inimaginável
ter esse tipo de contato, que beira até a amizade, com qualquer empresa; apesar
de movimentarmos sua vida financeira e existência num mercado cada vez mais
competitivo, ainda parecíamos estar muito abaixo delas. A fama da empresa a
torna mítica aos olhos da massa. As redes sociais e as mensagens cordiais nos
fazem sentir um pouco mais próximos e até iguais as empresas que antes pareciam
inalcançáveis. Retomando, o grande problema está fora da internet quando o
banco fofo e carinhoso nas redes sociais começa a cobrar taxas indevidas e faz
“corpo mole” no momento de dar o estorno, por exemplo. O gerente está almoçando,
em reunião, foi viajar, foi sequestrado... O gerente nunca pode atender quando
o cliente está com um problema sério, principalmente se envolver devolução de
dinheiro. Ninguém gosta de devolver dinheiro.
Nesses momentos, o cliente pode se perguntar: “Cadê
aquele amor todo?”. A resposta é óbvia. Os bancos não amam; no máximo, gostam
muito é de dinheiro. Amor mesmo é de pai e mãe. O que o banco faz conosco
quando declara o quanto somos importantes e amados e não devolve nosso suado
dinheiro também por amor é sofisma, e com um toque de retórica clássica quando
nos dá tantos dados e porcentagens para que fiquemos seguros de que nosso
dinheiro está em boas mãos. Esquecemos apenas de ler aquelas letras miúdas no
final de todo anúncio contendo todas as ressalvas que o banco ou qualquer outra
instituição carinhosa não se dá o trabalho de contar até a hora da necessidade.
É o momento em que se revela a linha tênue entre o ódio e o amor.
* Escrevi pra um trabalho de faculdade (por isso a ausência de palavrões rs) e resolvi postar aqui pelo simples fato de ser óbvio e eu estar cansada, beirando o esgotamento, de ter problemas com bancos descompromissados que cagam na cabeça dos clientes. Ou talvez seja só comigo.
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