fevereiro 26, 2014

Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander... isso é amor mesmo?

O ano de 2013 foi marcado pelas ações criativas de empresas em redes sociais, dando abertura a uma nova forma de relacionamento entre as organizações e seus públicos. Há uma maior facilidade de entrar em contato se compararmos com o passado, quando era preciso aguardar muito tempo no telefone ou esperar uma resposta via correio. Pode-se encontrar todo tipo de empresa nas redes sociais: hotelaria, alimentação, cosméticos, cinemas, etc. É útil para o desenvolvimento das empresas e para manter os clientes fiéis, próximos e atentos sobre as atividades desenvolvidas, incluindo promoções e afins. Os bancos obviamente não ficariam de fora.

Uma das ações mais notáveis do ano passado foi a batalha de rimas via Twitter entre os bancos Itaú e Santander para conquistar um internauta e ganhar mais um novo cliente. Quem viu, se divertiu. A resposta bem humorada por parte dos bancos foi inovadora, principalmente considerando a imagem estressante que a maioria das pessoas tem de uma agência bancária, principalmente no começo do mês em que as filas tomam conta de todos os bancos.

O toque sofista das mensagens fofas enviadas pelos bancos nas redes sociais está fora do mundo virtual. Há algum tempo era inimaginável ter esse tipo de contato, que beira até a amizade, com qualquer empresa; apesar de movimentarmos sua vida financeira e existência num mercado cada vez mais competitivo, ainda parecíamos estar muito abaixo delas. A fama da empresa a torna mítica aos olhos da massa. As redes sociais e as mensagens cordiais nos fazem sentir um pouco mais próximos e até iguais as empresas que antes pareciam inalcançáveis. Retomando, o grande problema está fora da internet quando o banco fofo e carinhoso nas redes sociais começa a cobrar taxas indevidas e faz “corpo mole” no momento de dar o estorno, por exemplo. O gerente está almoçando, em reunião, foi viajar, foi sequestrado... O gerente nunca pode atender quando o cliente está com um problema sério, principalmente se envolver devolução de dinheiro. Ninguém gosta de devolver dinheiro.


Nesses momentos, o cliente pode se perguntar: “Cadê aquele amor todo?”. A resposta é óbvia. Os bancos não amam; no máximo, gostam muito é de dinheiro. Amor mesmo é de pai e mãe. O que o banco faz conosco quando declara o quanto somos importantes e amados e não devolve nosso suado dinheiro também por amor é sofisma, e com um toque de retórica clássica quando nos dá tantos dados e porcentagens para que fiquemos seguros de que nosso dinheiro está em boas mãos. Esquecemos apenas de ler aquelas letras miúdas no final de todo anúncio contendo todas as ressalvas que o banco ou qualquer outra instituição carinhosa não se dá o trabalho de contar até a hora da necessidade. É o momento em que se revela a linha tênue entre o ódio e o amor. 

* Escrevi pra um trabalho de faculdade (por isso a ausência de palavrões rs) e resolvi postar aqui pelo simples fato de ser óbvio e eu estar cansada, beirando o esgotamento, de ter problemas com bancos descompromissados que cagam na cabeça dos clientes. Ou talvez seja só comigo. 

Nenhum comentário: