janeiro 20, 2014

Depressão conjunta.



O nome é triste pra disfarçar toda a minha alegria ao escrever esse que provavelmente deve ser o último post complicado da existência desse blog. Foram praticamente sete anos de histórias, muita coisa mesmo... todos os meus problemas, depressões, vergonhas e paixonites vieram parar aqui de alguma forma, mesmo que nas entrelinhas. Será que eu mudei? Óbvio que não. Eu seria incapaz de mudar tanto apesar dos sete anos que se passaram - pior ainda, continuo a mesma boba sonhadora, com uma pontinha de pé no passado, muitas vergonhas e felizmente um pouco menos de deprê se comparado aos meus dezessete.

Era um alívio poder vir aqui e desabafar sobre tudo, passar horas escrevendo e tentando organizar essa bagunça sem fim que é a minha cabeça. Até hoje me divirto escrevendo sobre meus sentimentos (que andam mais malucos do que o normal). O que mudou é que agora, sete anos depois, posso finalmente dizer que isso é opcional. A última coisa que eu imaginava ao entrar na faculdade, lá em 2012, é que eu encontraria amigas que mais parecem irmãs: Pri e Amanda, provavelmente as duas pessoas, fora as da minha família, com quem eu mais consigo ser sincera, até sobre coisas humilhantes. Poucas vezes na vida tive a boa sorte de encontrar pelo caminho pessoas para quem eu pudesse contar qualquer coisa do meu passado, presente e divagar sobre o futuro. Consigo isso com elas, de olhos fechados. Sem reprovação, sem me sentir anormal, é como se fizesse isso desde sempre :)

Queria contar todas as novidades aqui e falar sobre a quantidade de expectativa que eu venho segurando. Infelizmente não tenho tempo, apesar de ser Janeiro, não estou de férias, tenho muitos seriados acumulados e um coração inquieto, como sempre. Ainda assim, razoavelmente feliz com tudo. O título foi uma situação engraçada que aconteceu hoje: começamos a falar sobre amor e casamento, lembrei de uma história minha que até agora me toca com força (e que também tem seus sete anos de idade...) e toda a conversa virou uma depressão conjunta pelo fato de não termos encontrando um amor ou expectativa de tal num mundo em que todo mundo resolveu casar e se juntar, mesmo que seja com as pessoas erradas e na hora errada. Se deprimir ganhou até um significado novo já que agora minha depressão, apesar de triste, vem acompanhada de muitos, mas muitos risos.

Como é bom não estar sozinho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa.. ja foram 7 anos? As vezes me parece que foi ontem! >. <