Fiz muita farra e tenho um monte de coisa pra contar, mas se o objetivo é ter um pouco mais de intimidade com alguém (não precisa ser romance mas não tem a ver com sexo, não exatamente), isso dificilmente vai acontecer da maneira que a gente faz quando está solteiro. Pela primeira vez na vida eu sinto que não queria nem um pouco estar solteira e com essa liberdade toda pra me jogar na vida. Vou me jogar aonde? Pra fazer o que?Já conheço quase tudo o que eu poderia encontrar e o que não conheço, não faço a menor questão... não é como se mudasse muito durante o tempo que passei namorando (ou vivendo um caos ambulante, como o meu ex adora dizer). É como se isso tudo estivesse me levando cada vez mais pra baixo a ponto de eu pensar às vezes que não tenho amigos, não tenho ninguém, quando na verdade isso é uma grande ilusão da minha cabeça. Nunca vi tanta gente me dizendo coisas boas e perguntando como eu tenho passado todos os dias.
Não é como se eu não fizesse muito isso bebendo e caindo na rua, né?!
Talvez dar uma chance pra alguém novo me tire da merda pelo menos parcialmente (ou por cinco minutos). Seria tudo lindo se eu não tivesse mudado a minha concepção sobre sair com uma pessoa pra esquecer outra, isso nunca funciona. E quando é a hora certa de aceitar um convite e ir num encontro com alguém? Não faltam pessoas querendo sair comigo, o que falta é o menor interesse da minha parte em seguir em frente e me conformar que as coisas mudaram agora. Provavelmente seria o maior desconforto do mundo sair pra comer, cinema ou qualquer coisa do gênero com alguém, não vai ser a mesma coisa. E como é que eu vou lidar com isso na frente de alguém desconhecido? Porra, que bagunça... o dia que conseguir me livrar disso, vou fazer o mesmo que fiz antes e evitar com todas as forças entrar num namoro. Pode ser tudo ótimo mas não sei lidar com separações, nunca soube. Meu próximo namorado vai ser "até que a morte nos separe" porque eu não quero mais passar por isso, nem que eu perca os melhores parceiros do mundo enquanto penso se vai durar ou não. Nunca mais quero me ver esfriando de novo, nunca mais quero me sentir tão mal como eu venho me sentindo e não conto pra ninguém. Cada vez que isso aconteceu, eu ficando bem ou não, foi como se eu arrancasse uma parte de mim... cada parte que saiu nunca foi substituída e eu me tornei cada vez mais esperançosa e cada vez mais vazia. Deve vir daí a sensação que eu e as pessoas próximas têm de que eu mudei muito depois da Luísa. E mudei mesmo; e vou mudar mais uma vez. Só fico perguntando o que vai sobrar de mim no final para a pessoa que resolver ficar por perto "até que a morte nos separe" e aguentar todas as minhas merdas, paranoias, implicâncias, depressões, desilusões... quanto mais o tempo passa, pior eu vou ficando. Tem dias que eu me pergunto quem é que vai me aturar, quem é que vai estar lá no fim de tudo mesmo eu sendo essa bagunça ambulante. Acho que só preciso de alguém que consiga me consertar de volta. Definitivamente eu não vou achar isso nessas brincadeiras casuais. Definitivamente eu estraguei um post sobre ser solteiro falando sobre o quanto eu queria ter alguém pra viajar, tomar banho de banheira e domar esse escândalo que vive dentro de mim. É, acabou o post. Eu não quero ser solteira, não quero ficar sozinha e a parte mais difícil de tudo é ter que aprender uma vida nova (e sem graça) sem ter a menor vontade. Ponto pra mim.
Sua Rafa. (andei lendo livros demais essa noite e resolvi imitar a despedida de um deles)
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