dezembro 16, 2011

Deivison.

Ou variável Deivisson, já que passei anos escrevendo o nome do menino errado rs

Nova modalidade de postagem: postar pintando as unhas.

Seria tão engraçado se alguém que me viu antes do Ensino Médio me ouvisse tocando no nome dele... esse nome tem história demais na minha vida e isso foi tão especial e bonitinho que hoje eu resolvi tirar uma ideia muito atrasada de um post que fiz e começar a falar sobre os garotos da minha vida (com os quais não tive nada, talvez rs).
*Esses devem ser os melhores, já que ninguém teve a chance de tentar e estragar as coisas. 

Um dia eu brincava de boneca com a Thaísa enquanto as crianças normais se divertiam na piscina e dois meninos mais velhos roubaram nossas bonecas e nos fizeram correr a escola inteira pra buscá-las de volta. Quantos anos eu devia ter? Uns dez, e ele doze, talvez. Lembro que quando consegui alcançá-lo, depois de uns quinhentos tapas, percebi o quanto a cor da pele dele era linda (mais escura ou quase no mesmo tom que a minha), e os cabelos grandes e lisos, com óculos no rosto... não foi nem de longe malicioso, o rosto dele parecia uma obra de arte (quero deixar bem claro que a idade estragou a beleza dele rs).

Quando troquei de série e fui estudar no mesmo andar que ele, foi o começo do que deve ter sido a coisa mais bonita e pura que eu senti por alguém. Deixando de lado os fatos menores, ele me atraía de um jeito que fui capaz de mobilizar quase o colégio inteiro pra descobrir tudo o que eu queria sobre ele; inspetores, amigos de amigos, as tias da manutenção, gente que eu não conhecia, a tia dele que era professora do colégio... todo mundo me ajudou a stalkear o Deivison de forma que um tempo depois (prefiro não dizer quanto rs) a gente batia altos papos no telefone. Ele deve se impressionar com o fato de eu ainda lembrar dele, e lembrar de um monte de coisas que ninguém mais lembra, mas acredito que mulher nenhuma esquece o primeiro projeto de "pai dos filhos". O cara mais velho, que passava pela porta da minha sala sorrindo, que ria de mim por causa da minha altura, que fazia piadas tão idiotas e típicas de molequinhos... nunca vou esquecer o quanto eu sonhei com aquela pessoa por sei lá, uns quatro anos? Entre encontros e desencontros, eu só perdi aquela coisa gostosa que eu sentia ao olhar pra ele na minha formatura da 8ª série. Ele já tinha terminado o Ensino Médio e a gente acabou não se encontrando na formatura, mesmo ele estando lá. Apareceu uma outra pessoa e começou uma outra história... não quer dizer que eu não lembre ainda do dia em que ele faz aniversário (que por sinal foi ontem), do nome que eu daria pros nossos três filhotes e da casa em que a gente ia morar. É claro que é muito delírio, mas eu mereço perdão, só tinha 13 anos o/

E vira e mexe a gente se esbarra, conversa inutilidades; esquecer de mim eu sei que ele não vai. Ser o pai dos meus filhos também não. Vale muito a pena não forçar certas coisas na vida, às vezes é mais bonito guardar a lembrança de uma coisa pura e sem nome que nunca vai poder ser danificada pelo peso de uma relação a dois.

E... é mais ou menos isso. Eu poderia escrever um livro sobre ele, mas a melhor parte, os meus melhores sorrisos, as lembranças mais bonitas das dancinhas dele no pátio da escola, eu guardo pra mim. Pra eu sorrir pelo menos uma vez por ano lembrando de algo tão particular <3

Por hoje é só.

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