maio 29, 2010

Ando nostálgica! Sempre que isso acontece, acabo percebendo erros importantes que cometi e isso é até bom porque tendo consciência de onde errei, posso ter chances de não fazer de novo; e mais ainda, esse é o momento ideal de aprender também com merdas alheias (lê-se merdas da minha mãe) que eu não quero pra mim.

Vivo adiando certas novidades, o máximo que posso. Não é que eu não queira curtir certas coisas, mas tenho medo - sim, medo; minhas atitudes são travadas pelo medo de ser atrapalhada por algo, mais precisamente por alguém. Dizem que família é uma dádiva, e não serei eu a retirar o mérito da minha, mas lutar todos os dias por liberdade é massante. Não aguento mais ter que expor meu modo de pensar diariamente pra não ser obrigada e "induzida" a fazer o que os outros querem.
Nessas horas chega a doer o coração! Tanta coisa perdida e nenhuma razão concreta - não sei explicar a natureza dos meus próprios "reveses" porque pouquíssimas vezes fui capaz de me causar algum mal tão grande e definitivo (o que não quer dizer que não tenha causado mal a outros ;x).

Se eu me perguntasse agora: "Por quê fiz tal coisa?"
Completamente aleatório, sem resposta. Traços de pessoa manipulada ¬¬
Não sou ingênua o suficiente pra dizer que não sei como isso acontece - é claro que eu sei. Tenho pontos fracos, cicatrizes que vira e mexe voltam a ser feridas, já tive medos muito mais complexos que os de hoje (pra ser sincera, só tenho dois ou três medos hoje em dia); tudo isso me deixa cega e é exatamente onde meus queridos parentes mexem quando querem que eu largue o amiguinho X, o namoradinho Y ou deixe de frequentar tal lugar.

E eu vou fazer o que, comprar uma armadura!?
(Bem, seria uma boa ideia...)

Acho que esse tempo descompromissado com o mundo está preparando uma futura "armadura" pra segurar minhas paranóias, uma a uma. Penso na vida todos os dias - passado e futuro; ter consciência de onde exatamente eu erro é essencial. Comecei com o pé direito sendo firme na questão da faculdade; ou eu passo no vestibular e faço pública, ou não faço nada. Levando uma vida mais ou menos ainda tenho a capacidade de sair de casa pedindo pra sofrer um acidente e morrer - se a vida piorar, eu juro que vou atrás de qualquer coisa que leve tudo pra casa do caralho, porque eu não aguento mais. Não aguento mais ter de adequar tudo às vontades dos outros, não aguento a necessidade de fazer as coisas escondido, porque eu não sei mentir. Não vou aguentar anos ouvindo nego falar o que bem entende pra mim. E viver todos os dias já é tão complicado, tão cansativo! Sou capaz de sorrir, de fazer as pessoas sorrirem, de me divertir de verdade... mas é tão difícil manter um sorriso no rosto, tão difícil não desistir! Uma amiga da minha mãe me disse pra nunca deixar de tentar e tentar as coisas que eu quero muito. Não sei pelo que ela passou na vida, mas cada palavra do que ela disse tinha uma pitada sofrida, dava pra ver que vinha do coração... depois daquilo me perguntei porque pessoas que eu mal conheço são mais amigas e melhores exemplos que minha própria família. Precisei de um diagnóstico médico pra jogar na cara de todo mundo e provar que eu não estava de drama/frescura/palhaçadinha de adolescente quando disse que não estava bem.
Realmente, eu não estou, nunca estive! 

Posso parecer sempre bem, mas aquela dor cortante dorme comigo todas as noites, perdida entre as minhas fantasias super secretas... dor que vem dos meus pais terem me largado e não servirem pra nada até hoje, dor por ser incapaz de fazer uma prova que pode definir os próximos anos da minha vida, dor por ser controlada e manipulada por vó, dor de raramente ser ouvida mesmo quando falo as coisas mais inteligentes do mundo, dor nossa de cada dia...

E agora, deixo aqui minha dor para participar de outros assuntos bem engraçados que estão rolando por aqui. Eu não sou bipolar.

Um comentário:

DanyTwiix disse...

Caa, se quiser de um ouvido pode me gritar.
te amo. Beijos. ;*