confissões de uma encalhada

Ser encalhada é uma desgraça, uma das piores coisas que me aconteceu.   /mentira
Sei lá, não gosto dessa sensação de ser sozinha e não ter ninguém; não gosto de não compartilhar as coisas e não ter alguém pra abraçar... mas nesse tempo eu tenho descoberto que além da carência, estar encalhada envolve muita coisa, inclusive aprendizado.

Espero não ter a mesma falta de sorte na vida que a minha mãe teve. Acho que já é um bom começo não deixar que as pessoas me digam isso, sabe como? ;)

Coisa ruim atrai coisa ruim.

Foi patético e horroroso o cara largando ela na rua (porque ela quis se mostrar superior a ele de maneira errada) e ela vindo sentar junto comigo e minhas amigas pra reclamar do cara.
Porra, o que eu tenho a ver com isso? ¬¬
Passo o dia no curso estudando pra ter uma vida diferente e não quero ouvir desabafos no meu momento de lazer, não fode. Pensasse bem antes de se mostrar desesperada a ponto de sair com um cara chato e esquisito (?) só pra dizer que fez algo no final de semana.

Ah, outra coisa...
Percebi que quero casar *-*
Não com qualquer otário(a) que aparecer na minha vida, mas com alguém que eu possa encontrar eventualmente... quero ter minha própria família, mesmo que às vezes eu olhe pra trás e pense nas maravilhas de não ter o dobro (e às vezes o triplo) de compromissos e responsabilidades. É bom demais ter com quem dividir a vida - não importa o que as pessoas digam, é uma necessidade humana; ter com quem dividir problemas, contas, uma panela de brigadeiro, uma garrafa de cerveja durante o futebol no domingo... é inevitável.
Então, vou casar um dia. Não vai ser com o amor da minha vida (quando é o amor da sua vida nunca dá certo - você sabe o que é desequilíbrio?), mas estou certa de que vou encontrar alguém que vai chegar muito perto disso e me fazer um bem danado, nem preciso fazer procuras absurdas pra dizer isso *-*

E pra finalizar o post, queria contar uma fábula muito idiota que meu prof. de Literatura do curso contou hoje, achei muito filosófica e senti que tem tudo a ver comigo:
  

"Era uma vez um pardalzinho que odiava ter que voar para o sul por causa do inverno. Ficava tão apavorado com a idéia de deixar seu lar que decidiu adiar a viagem até o último momento possível. Depois de se despedir carinhosamente de todos os seus amigos pardais que partiam, voltou ao seu ninho e lá ficou por mais quatro semanas. Finalmente, o tempo se tornou tão desesperadamente frio que ele não pode adiar mais. Quando o pardalzinho partiu e iniciou seu vôo para o sul, começou a chover. Rapidamente, começou a se formar gelo sobre suas azinhas. Quase morto de frio e exausto, foi perdendo altura e caiu por terra em um pátio de estrebaria. Quando estava exalando o que pensava ser seu último suspiro, um cavalo saiu da estrebaria e, virando o traseiro em sua direção, recobriu o pardalzinho de merda. A princípio, o pardalzinho não podia pensar em outra coisa, a não ser que aquele era um modo horrível de morrer: TODO CAGADO! Porém, quando a merda começou a subir e penetrar em suas penas, aquela passou a aquecê-lo e a vida recomeçou a voltar a seu corpo. Ele descobriu também que tinha espaço para respirar. Subitamente, o pardalzinho sentiu-se tão feliz que começou a cantar. Naquele momento, um grande gato entrou na estrebaria e, ouvindo o gorjeio do pássaro, começou a remexer o monte de merda, para descobrir de onde vinha o som. O gato, finalmente, descobriu a ave. E a comeu.

Esta história contém quatro ensinamentos morais:
Nem sempre aquele que caga em você é seu inimigo.
Nem sempre aquele que te tira da merda é seu amigo.
Desde que você se sinta quente e confortável, mesmo que seja num monte de merda, conserve o bico calado.
Quem está na merda não canta!"

Consegui encontrar aqui: http://www.1001inutilidades.com.br/piadas/animais.htm


O cara é bom, fechou minha sexta feira com estilo e um puta ensinamento que a gente devia levar do útero pro túmulo.