Minhas confusões profissionais - Parte I

Espero que seja a primeira e última parte! Queria fazer um post divertido e com piadinhas, mas hoje a parada é bem séria, e eu estou nervosinha ;x

Estou há um tempão pra vir aqui falar que já não tenho tanta certeza se quero mesmo ser jornalista. Quando me perguntam o porquê de ter escolhido essa profissão, não sei exatamente o que responder - primeiro sinal de que... 'sei lá'. É fato que o Jornalismo engloba muita coisa do que eu quero ser, e como consequência, eu teria de fazer um puta esforço pra ter segurança o suficiente e falar o que eu sei. Sou muito capaz, mas não tenho segurança ao fazer as coisas, e nesse ano tenho sentido mais essa característica.

O jornalismo me interessa pela possibilidade de trabalhar com a área de humanas, mas escrevendo. Numa linguagem mais informal, é que eu sou apaixonada por História, Português, Literatura e Ciências Sociais, áreas que estão bem ligadas aos ramos da comunicação, principalmente ao Jornalismo e Cinema - e sim, eu também já pensei em cursar Cinema. ;)
Mas depois de tantas conversas por aí e pessoas altamente inspiradoras, voltei a pensar naquela minha vontade antiga que perdurou durante um bom tempo de ser professora; de Português/Literatura, ou melhor ainda, de História *-*
Talvez já tenha dito muitas vezes que acho lindo lecionar, e é lindo mesmo. Sou do tipo de pessoa que vê esperança nos outros até mesmo esperança onde não há :x ; é tão bonito poder passar ensinamentos variados às pessoas! E mais ou menos aos catorze anos eu quis muito, mas muito mesmo sair logo do colégio e ser professora, fazer algo útil por alguém, sabe como é!? É claro que assim como os jornalistas, professores também são desvalorizados e muitos precisam trabaram feito cães pra sobreviver. Mas pensando bem, qual profissão além de político não é assim? ;)

Na boa, tenho medo! Medo de ser como a minha mãe e acabar sendo formada em três ou quatro cursos sem exercer nada e esquecendo a porra toda que aprendeu; medo de fracassar como jornalista, ou como professora; medo de largar a faculdade pela metade; medo de dar tudo errado e eu acabar morando na favelinha mais próxima! A menina forte aqui tem medos, e no plural! Aí entra a história do livro do Roberto Shinyashiki que a psicóloga da escola deu e quase ninguém quis ler - o estilo dele é meio auto-ajuda, mas se precisamos de ajuda, fazer o quê? Queria ler aquilo de novo só pra ter certeza de que posso seguir em frente e vai dar tudo certo; não sei o que é pior: ser criança e ninguém te ouvir ou ser adulto e todo mundo te cobrar. A gente cresce e todo mundo esquece dos cuidados essenciais; é só esporro, pressão... não que isso esteja acontecendo comigo, graças a Deus minha vó gasta sorrindo quando o assunto em questão são os meus estudos. A cobrança vem de mim porque EU quero mais e não posso viver como muita gente vive, na aba do chapéu de papai-mamãe-vovó, quero ser senhora da minha pessoa ;)

Mas chega desse assunto, no momento eu não sei o que fazer e estou arrependida por ter posto Comunicação Social como 1ª opção na prova da UFRJ - a parte boa é que eu não devo passar porque a concorrência é monstra, principalmente em cima de pessoas desconfiadas e que não estudam tipo eu! Pessimismos à parte, eu ainda não tenho certeza se a minha vocação é ser jornalista!

Agora boa tarde que eu preciso estudar, e tá caindo uma chuva bizarrona *-*